A realização de campanhas pontuais de prevenção e combate a epidemias tende a ser uma prática cada vez mais comum entre as empresas que atuam no setor da saúde. Motivos para isso não faltam. No último mês de abril, por exemplo, o registro de casos de gripe H1N1 levou à antecipação da campanha de vacinação dos chamados grupos prioritários em pelo menos uma semana na maioria dos estados.
A operadora de saúde que decide por realizar uma campanha pontual relacionada a epidemias atende a uma demanda de seus clientes por um aumento na oferta de vacinas. É preciso, portanto, fazer a previsão correta para que não haja falta de doses disponíveis. Quando executadas de forma eficaz, campanhas como essas costumam atingir outros objetivos além de vender um serviço ou promover a medicina preventiva. Também funcionam como uma ação de relacionamento com os clientes e uma oportunidade para valorizar o papel social da operadora.
Por isso, ao criar uma campanha para combater epidemias, a operadora deve estar ciente de que será necessário contrapor os boatos que aparecem e se espalham rapidamente, especialmente por meio das redes sociais. É como um vírus que só contribui para disseminar a desinformação, mas que pode ser combatido pela operadora a partir da divulgação de informações corretas sobre a doença em questão, sempre em consonância com o que é dito pelas autoridades da área de saúde.
Em se tratando de epidemias, é importante manter a rotina de monitorar o que diz o Ministério da Saúde e também o que está sendo dito nas redes sociais. Existem serviços especializados que podem ajudar neste processo. Selecione algumas epidemias para que sejam colocadas em plataformas de buscas e defina de quanto em quanto tempo os relatórios serão produzidos e entregues para análise. A partir daí será possível estar mais preparado caso haja necessidade de criar uma campanha.
Itens para uma campanha pontual de combate a epidemias
Ciente dos objetivos e das responsabilidades que envolvem uma campanha pontual, é hora de partir para a prática. Público-alvo, formato, conteúdo e linguagem são os itens que precisam ser definidos para a realização de uma campanha pontual de prevenção e combate a epidemias. A forma como o material da campanha será distribuído e os métodos utilizados para engajar a equipe também merecem atenção desde o início de sua elaboração.Público-alvoO primeiro passo para a criação de uma campanha é definir o público-alvo. É a partir disso que se estabelece quais serão os meios, conteúdos e linguagens mais adequados para levar as informações sobre a vacinação e sobre as formas de prevenção da epidemia.FormatoA campanha pode ter panfletos, cartazes, banners, outdoors, anúncios em TV, rádio, jornal e revista, além de posts em blogs e redes sociais, e-mail e SMS. A definição sobre usar todos os meios ou selecionar alguns deles vai depender do tema e do público-alvo. O cuidado maior deve estar na forma como a mensagem será apresentada. O material precisa ter informações bem organizadas e sem poluição visual para que possa facilitar a leitura e a compreensão do que está sendo divulgado.ConteúdoNa definição das informações que serão divulgadas o foco pode estar no serviço a ser prestado. Deve-se dar detalhes sobre o serviço de vacinação (incluindo custo, horários, quem deve tomá-la, etc.) e ao mesmo tempo esclarecer a respeito das formas de contágio, sintomas e, principalmente, como se prevenirLinguagemIndependente do público-alvo, a melhor opção é utilizar uma linguagem direta e responsável, adotando um tom didático mas com o cuidado de ser mais coloquial e menos técnico.DistribuiçãoA distribuição do material da campanha vai acompanhar o formato escolhido para sua divulgação. Os panfletos, por exemplo, podem ser distribuídos em displays na recepção da operadora ou em locais de grande circulação como shopping centers.O software de gestão usado pela operadora também pode ser um aliado de grande importância na distribuição do material da campanha, desde que as informações dos clientes estejam sempre atualizadas. A partir disso é possível filtrar o perfil dos clientes e ter uma distribuição de material ainda mais assertiva.Também é importante definir qual o melhor formato e qual melhor forma de envio. Mensagens enviadas por e-mail, por exemplo, podem ser uma opção mais eficiente que o envio de material impresso via correio. Uma ação de e-mail marketing bem desenvolvida ajuda a ampliar o acesso aos canais de informação da empresa e a criar vínculos com o público, principalmente quando se está oferecendo um conteúdo de utilidade pública, como o combate a epidemias.Mas, antes de disparar a campanha por e-mail, é importante conferir as questões legais que envolvem este tipo de ação. Toda informação enviada por e-mail (e também por SMS) precisa da autorização do cliente, de forma a garantir que que esta ação não infrinja políticas de privacidade.Engajamento internoO sucesso de uma campanha pontual de combate e prevenção a epidemias depende também da forma como os colaboradores da operadora de saúde participam das ações relacionadas a ela. Um aviso na véspera do início da campanha, por exemplo, não ajuda muito. É preciso engajar a equipe com antecedência para que os métodos e o objetivo da campanha sejam bem assimilados.De forma alguma a campanha pode ficar de fora dos informativos internos da operadora. O tempo para que ela seja assimilada neste caso é mais curto que uma campanha pré-programada. Por isso, a equipe precisa estar muito bem informada a respeito para que se engaje e ajude a propagar com maior intensidade o que se está querendo transmitir.Lembre-se que os profissionais da operadora é que estarão na ponta da campanha, interagindo diretamente com o público. Nesse momento o papel deles não pode ser apenas o de entregar um folder, pedir para visitar o blog ou passar o número de contato. Uma boa argumentação sobre os motivos de se prevenir daquela epidemia deve estar bem afiada no discurso de cada membro da equipe.
Foto: Diogo Moreira/A2 Fotografia (CC BY)